Análise editorial feita pela editora Perensin
Análise editorial feita pela editora Perensin
Li Sou um Aeon e Nasci Lembrando e foi uma experiência intensa. O livro não é uma leitura comum – é quase como um convite para entrar na mente do autor e enxergar o mundo (e o tempo) através dos olhos dele.
Desde o começo, dá para sentir que não se trata apenas de uma história, mas de um testemunho, uma necessidade de registrar algo que parece maior do que o próprio autor. A escrita tem um tom forte, quase profético, misturando espiritualidade, ficção científica e um mergulho profundo na percepção do tempo.
É um daqueles textos que fazem você parar para refletir, especialmente quando toca em temas como memória, verdade e a construção do universo. Em alguns momentos, me peguei tentando entender a lógica do livro – não é linear, e nem pretende ser. A ideia de múltiplos “hojes”, a conexão com diferentes realidades e a relação entre consciência e tempo são apresentadas de uma forma que desafia a visão tradicional.
Outro ponto que me marcou foi a sinceridade do autor ao falar sobre suas experiências pessoais. Ele expõe sua vida, seus desafios com a adicção e seu processo de recuperação de um jeito muito cru e real. Isso traz uma camada de humanidade para uma narrativa que, por vezes, parece transcendental. Definitivamente, não é um livro para quem busca algo leve ou convencional. Ele exige que você leia com a mente aberta e disposto a questionar muita coisa.